Escrita em alusão ao dia do escritor: 25 de julho.
Quem me dera.
(por Joelson Machado de Oliveira)
Quem me dera, através das palavras, refletir o silêncio dos campos, o barulho das cidades, o rumor dos oceanos, o zumbido dos ventos.
Quem me dera, usando apenas letras, transmitir a quentura do amor jovem e a candidez do amor maduro. Quem me dera.
Abrir caminhos na opressão, defender os oprimidos, festejar com os verdadeiros vencedores.
Quem me dera, repassar a dor não doída, a igualdade não discriminada, a pureza das almas sadias, usando apenas alguma coisa para escrever.
Se eu pudesse levar no papel o canto dos canários rodeando as casas, o passeio envolvente dos colibris coloridos, a dança dos tangarás nos galhos das árvores.
Quem me dera, mostrar a tristeza, de uma forma doce, a alegria com raios de uma tênue luz, que não ofuscasse os outros. Quem me dera.
Que a miséria fosse somente um motivo de escrita e que eu pudesse levar mais riqueza e contentamento para o coração dos meus semelhantes, daí eu me sentiria um verdadeiro escritor.
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