quarta-feira, 28 de julho de 2010

Pérolas do Rico

QUE PENA QUE VOCÊ NÃO FOI

Aconteceu ontem (27) o 3º. Santo Antônio Canta Moenda. Foi maravilhoso. Um desfile sensacional de lindas músicas, interpretadas pela nossa gente. Um verdadeiro show.


Muitas vezes nos perguntamos e somos perguntamos : porque a Moenda deixou de ser nativa ? Sempre respondemos que a Moenda não deixou de ser nativa, apenas alargou as suas asas para voar mais longe, abraçar um céu maior dentro da cultura musical.


O magnífico show de ontem foi a grande resposta a todas essas perguntas. A Moenda passeou por Minas, Rio, litoral, campanha, cidade, campo, com tamanha maturidade e bom senso que deixou o Espaço Cultural Qorpo Santo, lotado, trepidando de tantos aplausos, por um público seleto e boquiaberto. Não era para menos. O espetáculo encantou a todos que lá compareceram.


Não resta outra conclusão : é vestindo a roupagem de humildade é que vamos entender a grandeza da Moenda. Como um festival que quer ser grande poderia limitar a arte ? O espaço da Moenda tem que ser aberto, arrojado, sob pena de ficar pequeno, e isso, ninguém de nós quer mais.


Numa analogia com o futebol : quando o time se apequena, acaba perdendo. A Moenda, com certeza, não retrocederá nos seus limites da arte, mas nós que dela gostamos, é que temos que acompanhá-la na sua grandeza, do jeito como ela é : um festival sem fronteiras.


Parodiando “Rei Menino”, linda música interpretada pela magnífica Márcia Freitas : “este show já aconteceu, mas volta no ano que vem” e, tomara que você esteja lá.



Joelson Machado de Oliveira

sábado, 24 de julho de 2010

Santo Antônio canta Moenda

Músicos patrulhenses interpretam músicas que marcaram o festival

A Associação Moenda da Canção e a Prefeitura Municipal, através da Secretaria da Cultura Turismo e Esportes apresentam no dia 27 de julho o show Santo Antônio Canta Moenda. O evento será realizado no Qorpo Santo e irá resgatar as músicas mais marcantes do Festival ao longo de suas 23 edições.

Conforme o diretor do show, o músico e compositor Nilton Júnior há cerca de oito anos, este tipo de evento já era realizado e agora será retomado. Ele considera muito importante, pois “acaba servindo como uma prévia, um aquecimento para a Moenda. Os cantores de Santo Antônio cantam aquelas músicas que ficaram na história e sempre vale a pena relembrá-las”.

Os ingressos estão à venda no escritório da Moenda, junto ao Ginásio de Esportes Caetano Tedesco e podem ser adquiridos antecipadamente por R$ 5,00. Na hora eles serão vendidos por R$ 8,00.

Confira a relação de músicos e intérpretes desta noite de resgate da Moenda da Canção:

Claire Winck de Barcelos; André Salazar; Clóvis Salazar; Maragarete Salazar, Onira Ramos, Balthazar Villa Verde Netto, Lanes Cardeal, Renato Müller, Milena Mohr Caletti, Paulino Machado, Gabriela Machado, Odilon Ramos, Flávio Gomes, Dênis Gomes, Márcia Freitas, Marcelo Batista, Idelfonso Milchareck, Raffa, Pedro Reis, Samuel Costa, Daniel Alamon, Diego Cardoso Lilian Ramos e Guilherme Mohr.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Só mais um tropeço

(escrito em comemoração ao III Chimarrão Poético do Grêmio Literário Patrulhense)

Já não ando pela vida. Corro.

Se “devagar se vai ao longe”, paciência e autocontrole nunca foram meu ponto forte.

Também não tenho muitas pretensões.

Ou melhor, pretendo correr muito.

Se não for muito longe, meu consolo é ter por perto o que mais amo.

Neste exato instante, corro para ser poeta.

Mas não atrás de reconhecimento ou fama, ou o que quer que venha junto com isso.

Corro porque nesta corrida desesperada pelas letras certas, pelas rimas incomuns, pelos versos mais inspirados, encontro outros corredores.

E aí está o que realmente me move nesse desenfreado caminhar: os outros.

Se vou até a linha de chegada, ou se me perderei numa curva qualquer, é apenas um detalhe.

Minha meta é seguir na estrada.

O meu troféu?

Os amigos, eternos corredores, alucinados caminhantes, insones sonhadores.

E este prêmio eu ganhei no momento da partida.

-Cássia-

Memórias da Pinheiro por Rosalva Rocha

SAUDADES DA VEÍNHA ...

(por Rosalva Rocha – 02/07/2010)


Minha família sempre foi católica, mas nunca dispensou uma benzedura, ato que nos foi traduzido por minha avó materna, que justificava dizendo que era especiamente providencial para as crianças.

Na cidade tínhamos, na minha infância, uma benzedeira de “mão cheia”, a VEÍNHA, mãe da Roberta (uma pessoa muito simples, franzina, que faleceu há poucos anos e que muita amizade sempre teve comigo, a ponto de sempre parar em qualquer lugar por onde passasse e me enxergasse para uma boa conversinha).

Pois bem, a Veínha costumava enveredar-se sempre para a casa da Tia Mosa no mesmo local aonde reside atuamente, na esquina da Rua Marechal Floriano com a Daltro Filho, na diagonal ao Hospital Municipal. Lá ela encontrava carinho e comida. De lá, na maioria das vezes, passava pela casa da minha avó - Rosalina e, geralmente uma vez por semana, quando subia pela Pinheiro Machado para a sua casa, próxima ao Cemitério, passava na casa da minha mãe para a famosa benzedura nas suas filhas (na época eu e a Goretti).

Minha mãe enfileirava-nos sentadas no sofá, com as mãozinhas em cima das pernas e proibia que ríssemos ou fizéssemos algum comentário. E lá ficávamos nós daquela maneira ... Até que virou um hábito e já não mais nos incomodava a situação.

Ela nos benzia com um galhinho de arruda e ficava falando coisas esquisitas bem baixinho e, vez ou outra, minha mãe tinha que colocar uma cadeira às suas costas, pois ela simplesmente “tonteava”. E, geralmente, era quando estava me benzendo ... E eu não entendia nada. Quando ela finalizava a benzedura, sempre dizia: “Tá carregada hein minha fia?” e jogava o galinho de arruda totalmente murcho na grama do jardim.

Recomposta, ela era encaminhada à cozinha e sempre a minha mãe preparava um bom café com leite e um sanduíche como forma de pagamento, já que ela sempre dizia que “benzedura não se paga com dinheiro”.

E assim a Veínha passou a fazer parte da Pinheiro Machado, da minha família e da minha vida.

Vez ou outra ela me questionava: “Fia, tu não tens umas carcinhas véias pra me dar?”

- Eu eu dizia: “Mas Veínha, a gente não dá calcinhas para os outros ...”

E ela respondia:

- “Mas pra mim tá bão, não tem probrema.”

E eu, escondida da minha mãe, acabava dando uma ou duas calcinhas pra ela, já que era muito pequena e magrinha, tanto que as minhas peças certamente serviam nela. Muitas calcinhas minhas, “usadas”, ela usou ... E, mais tarde, a Roberta também, que herdou a mesma mania.

A Veínha era uma pessoa querida e afetuosa. Lembro-me que, vez ou outra, pegava nas minhas mãos e, nas suas palmas, fazia um “sinal da cruz”. Ela gostava verdadeiramente de mim – sempre deu para sentir isto! E, por incrível que possa parecer, com toda a sua vivência quase miserável, tinha uma pele como uma seda. Sinto-a toda vez que penso na leveza das suas mãos, mãos que me benziam e que certamente muito bem me fizeram.

Após o café, ela saia faceira e, antes de subir a Pinheiro, prometia que na próxima semana retornaria. E sempre retornava!

Saudades da Veínha ... assim como eu sei que a Elmara e a Zane devem sentir da mesma forma. Vez ou outra ainda lembramos dela em conversas informais.

Uma “personalidade” marcante nas nossas vidas. Sim! Uma personalidade!

sábado, 17 de julho de 2010

El Bandoneon por Renato Müller

O músico RENATO MÜLLER apresenta os resultados do projeto EL BANDONEON, dia 20 de julho, terça-feira, às 20 horas, no Teatro de Arena. A entrada é franca

Com EL BANDONEON – projeto contemplado pelo FUMPROARTE – Renato Müller mostra ao público os resul
tados de pesquisa e estudo para o bandoneon.
Após dez meses de estudos com o professor Carlitos Magallanes, Renato montou um show para bandoneon e um vídeo-pesquisa que está sendo apresentado em dez escolas municipais de Porto Alegre.
Renato sobe ao palco acompanhado de Antônio Flores no violão.

Renato recentemente concorreu ao Prêmio Açorianos de Música, nas categorias revelação e instrumentista com seu primeiro disco, Garatuja, distribuído nacionalmente através da Livraria Cultura.

SERVIÇO:

O Que: El Bandoneon, de Renato Muller
Quando: 20 de julho, terça-feira, às 20 horas
Onde: Teatro de Arena
Quanto: Entrada franca


Financiamento: FUMPROARTE e Prefeitura de Porto Alegre/SMC
Renato Muller
3209 9721 / 8433 5730
garatujazz@gmail.com
myspace.com/garatujazz

Classificadas 24ª Moenda da Canção

E aí estão elas, gurizada:
E o Samuca? Ta aí também!

A LÁGRIMA DO PALHAÇO

Gênero/Ritmo básico: Alternativo

Letra: Bárbara Jaques (Recife – PE)

Música: Thiago Lasserre (Recife – PE)


A LEMBRANÇA

Gênero/Ritmo básico: Milonga

Letra: Fabrício Marques (Pelotas - RS)

Música: Fabrício Marques e Cícero Camargo


A PALAVRA TERRA

Gênero/Ritmo básico: Canção

Letra: Jaime Vaz Brasil (Porto Alegre – RS)

Música: Adriano Sperandir e Cristian Sperandir (Osório – RS)


A PEDRA QUE DESPENCOU

Gênero/Ritmo básico: Milonga

Letra: Diego Müller, Sérgio Sodré e Cristiano Barbosa (Canoas - RS)

Música: Robledo Martins e Maurício Lopes (Pelotas - RS)


AS MOÇAS DO TEMPO

Gênero/Ritmo básico: Toada

Letra: Martim César (Jaguarão – RS)

Música: João Bosco Ayala (Guaíba – RS)


CABEÇA

Gênero/Ritmo básico: Milonga

Letra: Vinícius Brum (Porto Alegre – RS)

Música: Tuny Brum (Santa Maria – RS)


DE ARREPIAR A ALMA

Gênero/Ritmo básico: Chacarera Estilizada

Letra: Paulo Righi e Carlos Omar Villela Gomes (Santa Maria – RS)

Música: Piero Ereno (Jaguari – RS)


DO AVESSO

Gênero/Ritmo básico: Galope/MPB

Letra e música: João Corrêa (Rio de Janeiro – RJ)


ELÉTRICA

Gênero/Ritmo básico: Milonga

Letra e Música: Érlon Péricles (Porto Alegre – RS)


EM PAZ

Gênero/Ritmo básico: Canção

Letra e Música : Duca Duarte (Porto Alegre – RS)


ESCRITOS DO MURO FLUTUANTE

Gênero/Ritmo básico: Milonga

Letra: Jaime Vaz Brasil (Pelotas – RS)

Música: João Bosco Ayala e Everson Maré (Guaíba – RS)


FLOR DO LÁCIO

Gênero/Ritmo básico: MPB

Letra: José Eduardo Camargo (Zé Edu Camargo) (São Paulo – SP)

Música: Fernando Cavallieri (Santo André – SP)


GEOGRAFIA DA INSÔNIA

Gênero/Ritmo básico: Canção

Letra: Jaime Vaz Brasil (Porto Alegre – RS)

Música: Adriano Sperandir e Cristian Sperandir (Osório – RS)


MOLEQUE

Gênero/Ritmo básico: MPB/Embolada Repentista

Letra e música: João Corrêa (Rio de Janeiro – RJ)


O ESPELHO INVERTIDO

Gênero/Ritmo básico: Samba

Letra: Luciane Lopes (Mirassol – SP)

Música: Mauro Araújo (Porto Alegre – RS)


SATÉLITE

Gênero/Ritmo básico: MPB

Letra: José Leonardo Ribeiro Nogueira (Léo Nogueira) (São Paulo – SP)

Música: Fernando Cavallieri (Santo André – SP)


SÓ SE FOR AGORA

Gênero/Ritmo básico: Choro – Instrumental

Música: Yamandú Costa, Rafael Ferrari e Samuel Costa (Guaíba – RS)


VIOLAS DO SUL DO BRASIL

Gênero/Ritmo básico: Toada

Letra e música: Mario Tressoldi e Chico Saga (Tramandaí – RS)

fonte: www.moendadacancao.com.br

sábado, 3 de julho de 2010

Memórias da Pinheiro por Rosalva Rocha

A PINHEIRO MACHADO ESTÁ ANSIOSA ...

(por Rosalva Rocha – 03/06/10)



Como comentado na última Caminhada dos Amigos ao Barro Preto, no maravilhoso galeto à beira da paradisíaca Lagoa dos Barros, a Pinheiro é uma rua especial, a única na cidade que tem blog, chimarrão das senhoras da “melhor idade” na hora certa (exceto no inverno, é lógico!) e que tem os seus terrenos e imóveis valorizados constantemente à olhos nus, tamanho o peso da afinidade e hospitalidade dos seus moradores, que não se curvam frente à quaisquer circunstâncias adversas.

Nela se abrigam pessoas com as mais diversas características: de escritores, pesquisadores, médicos, donas de casa “de primeira”, professoras, mães de antiga molecada, muitos caninos e uma fonte de desejos ... sim, de desejos, pois de casamenteira não tem nada!

E é nesse abrigo que, quando adentram novos moradores, a ansiedade começa a rolar.

Atualmente estamos envolvidos com a chegada do mais novo casal de “pais grávidos”, composto por um fotógrafo-dentista (João Albé) e sua graciosa esposa Francy, já totalmente envolvidos nas famosas Caminhadas dos Amigos, e de onde parte um site maravilhoso com fotografias que encantam e nos fazem perceber o quanto somos felizes por sermos dessa terra.

O João e a Francy não poderiam ter escolhido local melhor para receberem o seu “rebento” e já têm garantidas a simpatia, a amizade e a fraternidade reinante na rua.

E a ansiedade vai aumentando à medida que o tempo vai diminuindo para a sua mudança.

E já foram avisados:

- terão muito chimarrão (na Cássia, na casa da minha mãe e, certamente, em outras casas);

- um bom papo com o com a filha e o genro da Baronesa;

- no inverno verduras da horta da Dna. Nita e flôres da Dna. Mercilda ... e, sabe-se lá se depois de conhecerem a Dna. Teresinha, não receberão um pão quentinho em uma noite fria?

Tudo, mas tudo é possível na Pinheiro Machado!