sexta-feira, 23 de julho de 2010

Só mais um tropeço

(escrito em comemoração ao III Chimarrão Poético do Grêmio Literário Patrulhense)

Já não ando pela vida. Corro.

Se “devagar se vai ao longe”, paciência e autocontrole nunca foram meu ponto forte.

Também não tenho muitas pretensões.

Ou melhor, pretendo correr muito.

Se não for muito longe, meu consolo é ter por perto o que mais amo.

Neste exato instante, corro para ser poeta.

Mas não atrás de reconhecimento ou fama, ou o que quer que venha junto com isso.

Corro porque nesta corrida desesperada pelas letras certas, pelas rimas incomuns, pelos versos mais inspirados, encontro outros corredores.

E aí está o que realmente me move nesse desenfreado caminhar: os outros.

Se vou até a linha de chegada, ou se me perderei numa curva qualquer, é apenas um detalhe.

Minha meta é seguir na estrada.

O meu troféu?

Os amigos, eternos corredores, alucinados caminhantes, insones sonhadores.

E este prêmio eu ganhei no momento da partida.

-Cássia-

Um comentário:

  1. Sem dúvida tudo passa a ser um mero detalhe quando há determinação ... e esse predicado não te falta. Lindo, lindo o texto! JÁ ÉS!!!! Bjs, Rosalva

    ResponderExcluir