(escrito em comemoração ao III Chimarrão Poético do Grêmio Literário Patrulhense)
Já não ando pela vida. Corro.
Se “devagar se vai ao longe”, paciência e autocontrole nunca foram meu ponto forte.
Também não tenho muitas pretensões.
Ou melhor, pretendo correr muito.
Se não for muito longe, meu consolo é ter por perto o que mais amo.
Neste exato instante, corro para ser poeta.
Mas não atrás de reconhecimento ou fama, ou o que quer que venha junto com isso.
Corro porque nesta corrida desesperada pelas letras certas, pelas rimas incomuns, pelos versos mais inspirados, encontro outros corredores.
E aí está o que realmente me move nesse desenfreado caminhar: os outros.
Se vou até a linha de chegada, ou se me perderei numa curva qualquer, é apenas um detalhe.
Minha meta é seguir na estrada.
O meu troféu?
Os amigos, eternos corredores, alucinados caminhantes, insones sonhadores.
E este prêmio eu ganhei no momento da partida.
-Cássia-
Sem dúvida tudo passa a ser um mero detalhe quando há determinação ... e esse predicado não te falta. Lindo, lindo o texto! JÁ ÉS!!!! Bjs, Rosalva
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