quarta-feira, 27 de julho de 2011

Tropeços reprisados (2)

É tempo de Moenda, e minhas energias estão voltadas pro Festival. Pensando nele, aliás, posto a crônica que escrevi para a exposição Moenda da Canção 2010, que acontece anualmente no Museu Antropológico Caldas Júnior.
Até agosto vamos assim, com o coração aos pulos. Pulando com ritmo, é claro.
Um abraço!



Pra quem chega ao fim da tarde
(inspirado na música O Festival, de Fernando Corona)


Já assisti a Moenda de vários lugares: da arquibancada, das cadeiras, em dvd, pela internet... mas agora assisto de um lugar diferente e especial.

Nos finais de tarde de segunda-feira, assisto a Moenda dos seus bastidores, nas reuniões que precedem e que se seguem ao esperado final de semana de agosto. Reunidas, as pessoas que fazem com que este espetáculo aconteça e se repita são uma família: ao redor da mesa da pequena sala que serve de escritório para a Moenda, no Ginásio de Esportes, conversam, tomam chimarrão, discutem. Calculam, telefonam, trocam idéias. Comemoram cada pequena conquista, e superam as dificuldades. Brigam por suas idéias, lutam para que se faça sempre o melhor. Sonham.

Incontáveis detalhes têm que ser lembrados. Se a fé remove montanhas, é preciso muito trabalho para mover uma mesa de som, um jogo de luzes, um palco. É necessário que além da paixão – principal requisito para ser “moendeiro” -, haja garra, persistência e muita paciência. Sem falar em apoio, patrocínio e sorte, que não podem faltar.

Mas eles – e eu, que agora faço parte dessa família – não desistem nunca.

A cada segunda estamos um passo mais próximos da 24ª Moenda, e imagino as emoções que viveremos: aquele medo que antecede os grandes momentos da vida, a coragem que faz estes momentos acontecerem.

Penso na Carmem Monteiro, que neste texto representa cada um de nós. Qual será o segredo para que a razão prevaleça a despeito de todos os sentimentos envolvidos nessas três noites, que são preparadas com tantos pequenos e imprescindíveis cuidados?

No fim, só tenho um certeza: somos todos loucos!

E 'o resultado tá aí: tem gente que chora, tem gente que chora de rir'.

Mas essa loucura é normal.

Essa loucura é FESTIVAL!

- Cássia Message -

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