sábado, 30 de abril de 2011

Delalvescrevendo

Um Sono tranqüilo


Pegue a noite mais escura
E misture ao leite.
Adicione estrelas
E planetas a gosto.
A seguir, leve ao fogo brando.
Quando o leite misturar-se à noite
– Acrescente para o deleite
Olhares
E sonhos a gosto
Por alguns minutos.
(E pronto!).
Sobre a mesa um sono tranqüilo.

                                                 - Delalves Costa -

Esta poesia faz parte do livro de poesia infanto-juvenil "O Menino dos Cataventos na Rua dos Passatempos" (esgotado), lançado em 2006 pela ed. Ponto.
Para saber mais sobre Delalves Costa, mais novo colunista do "Insônias", acesse http://ledasaraivasoares.blogspot.com/2011/04/entrevista-aeln.html, onde o escritor, entrevistado por Leda Saraiva, conta sua trajetória.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Só lhe dê solidão, Soledade

Hoje alimentei-me de amor
de sol e calor
De vozes amigas
elogios e flores
Foi um dia feliz
Obrigado Senhor!

Oops!
De vez em quando,
entro numa crise de criatividade
e preciso meu pensamento estravazar

De repente me acalmo
e não consigo nem pensar

Por isso faço versos

Nada pra contar
Apenas por em palavras
Sentimentos
que me fazem sonhar...
                                                                                                   - Solide Costa - 
                                                                                                   da Inglaterra para 
                                                                                                     Santo Antônio da Patrulha

domingo, 24 de abril de 2011

Lançamento Vinho Tributo



Lançamento do Vinho Tributo
Sábado, 30 de abril, 20 horas
Estrada Pinheiros, 5119 - Evaristo - Santo Antonio da Patrulha RS
Reservas limitadas: vinicolazolin@gmail.com

O "Case" do Nacional - por Silvano Marques

Nossa cidade tem alguns supermercados e o mais polêmico entre eles é o Supermercado Nacional. Levante a mão aí quem nunca brigou no Nacional. Quem nunca se queixou ao gerente acerca da fila nos caixas. Pois é, isso faz parte do cotidiano do povo de Santo Antônio da Patrulha.
É importante que exista o Nacional. A concorrência é saudável e é bom ter mais de uma opção de consumo na cidade. Em que pese eu adore comprar no Supermercado Gomes e em outros menores, é importante que exista o Nacional. Até porque, tem coisas que só ali a gente encontra. Suco de Caju? Só no Nacional. Zero Hora? Só no Nacional.
Mas a crise persiste. De um tempo para cá, os caras vêm trocando gerentes, funcionários, reformaram a fachada da loja, mas a crise persiste. Sempre que se vai lá, dá briga!
Parei para observar algumas coisas. A localização da loja é invejável, na confluência da RS-030 com a João Pedroso da Luz. Na beira de uma estrada estadual, pegando eventualmente clientes de fora da cidade. Os produtos oferecidos são bons, eles têm uma boa variedade de mantimentos, bebidas, artigos de limpeza, coisas diferentes, tipos exóticos de arroz, temperos novos.  Os funcionários que atendem dentro da loja são educados, aparentemente eficientes, prestativos, fazem a coisa funcionar. Aí quando chega a hora de pagar...está feita a confusão! Então perceba a loucura disso. Você tem uma bela loja, bem localizada, bons funcionários, um bom estoque, casa cheia de clientes, os carrinhos de compras estão cheios, e aí, na hora de você enfim GANHAR DINHEIRO, na hora de você receber o pagamento...a briga está feita! Vem confusão, xingamento, queixas e mais queixas. Dá para entender?
Outra coisa a observar. Já visitei e eventualmente freqüento outras lojas do Nacional aqui pelo litoral norte gaúcho. Já fui em Osório, Tramandaí, Imbé. Todas as lojas são igualmente boas, bem abastecidas, essa do Imbé é novinha e parece um mini-shopping. E em todas elas a gente consegue passar pelo caixa sem stress, sem confusão. A gente faz as compras, paga e vai embora feliz. Todas menos a loja aqui de Santo Antônio.
O que está acontecendo? Este seria um “case” interessante para estudantes de administração, ou economia, ou publicitários, sei lá. Que estranho mistério é este aqui do Nacional de Santo Antônio da Patrulha? Por que é tão difícil transpor os caixas?
Vão alegar que o “povinho” daqui é que é problemático? Então como é que esse “povinho” faz as compras normalmente em outros mercados?
Bom, uns meses atrás tinha jurado que nunca mais voltaria ao Nacional. Fiquei um tempão sem ir lá e ai me disseram que tinham reformado a loja, estava diferente. Voltei lá. Briguei com o gerente às 9:00h da manhã e minha mulher, sem ter falado comigo, brigou no mesmo dia às 11:00h da manhã. Juramos de novo não mais voltar lá. Pelo menos por enquanto.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Cotidiano - por Rosalva Rocha

A quem “bota prá quebrar!”
(por Rosalva Rocha – 24/03/2011)


Detesto pieguismos ... e deles não me valho em momento algum.
Que isto fique bem claro neste espaço.
Mas, pensando no que escreveria nesta quinzena para este espaço, pensei que “de críticas o mundo está cheio”. Infelizmente os elogios parecem ter sumido com o tempo e as homenagens geralmente ocorrem quando há alguma política por trás de tudo. Isto me repugna! Ou melhor, sempre me repugnou desde criancinha.
Gosto de gente antenada, preocupada com a sua vida e desprovida de vaidades.
Gosto de gente que se preocupa com o bem-estar dos outros e carrega consigo uma missão, muitas vezes de difícil entendimento para muitos.
Gosto de gente que entende os “chamamentos” da vida sem qualquer sentido de vaidade.
Gosto de gente simples, irreverente, contente e generosa.
Não gosto de qualquer extremo, porque considero que, dentro dele sempre há algo de tendencioso.
Gosto do recheio ...
do presunto no meio do sanduíche ...
do suco de uma laranja doce.
Gosto da minha cidade, a tal ponto de não residir nela desde os 18 anos e continuar “peleando” para divulgá-la e participar de todas as ações possíveis que a elevem.
Sou uma patrulhense orgulhosa! Rodo a cidade e me delicio a cada final de semana com o que ela tem a oferecer. Sempre encantada!
Graças aos Anjos, muito já foi feito por ela pelos patrulhenses ...
Mas é aqui que quero chegar ...  No quanto tem sido feito por forasteiros que por aqui se instalaram e estão deixando as suas marcas como se patrulhenses fossem. Na verdade, já são patrulhenses!
Teria vários para lembrar, mas me reservarei ao direito de começar pelo Silvano, um médico-pediatra que, além das suas atividades profissionais, consegue reunir, com uma liderança nata, dentre outras coisas,  grupos para caminhar estradas afora com a maior simplicidade possível, sempre incentivando-os de uma forma extremamente criativa. Das caminhadas organizadas por ele chega-se em casa de “alma lavada”. É beleza demais, interação com gente diferente, risos, tropeços, equilíbrios e muito o que contar.
Falo no Silvano pela sua motivação interior que contagia, que brilha nos seus e nos nossos olhos.
Falo nele porque não se importa com críticas, que alimenta um blog maravilhoso há anos e nele posta invariavelmente algo sobre a nossa cidade – dá dicas, receitas, e até mesmo debocha, com uma sutileza ímpar, as críticas que vez ou outra recebe.
Falo nele porque o respeito como ser humano, como um homem que veio ao mundo para pensar nas carências e na importância das nossas vidas.
Fecho o círculo dizendo: “de minha parte, obrigada Silvano! É um orgulho tê-lo como amigo!”

sábado, 16 de abril de 2011

5ª Feira do Livro de Capão da Canoa


Lançamento: “ Antologia II”  da Academia dos Escritores do Litoral Norte (AELN)
Domingo, 17 de abril, às 18h30min
Informações: aeln.org

As Sensações - Delalves Costa

"Não falas comigo! Teu cheiro de flor
        me arranca dos olhos.
        A pouco, me trazias a infância
        e punhados de sinestesia...
        Teu perfume, ouvi-lo
        me deixou quase desvozeado.
        Mas cego, ainda apalpo
        a beleza que nega o agora
        para ser no amanhã
        o nosso outro primeiro encontro."

Este poema faz parte do próximo livro do poeta Delalves Costa, "iluminuras e fragmentos do discurso pre-maturo", a ser lançado neste ano, com prefácio do escritor, poeta e crítico literário Luis Nicanor. Para ler mais sobre os poemas de Delalves, entre em www.litoralmania.com.br/delalvescosta e aeln.org 

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Tropeços quase em branco

Numa folha quase em branco...

“A folha em branco trazia apenas a marca de uma lágrima. O poeta partiu em silêncio.”
Enquanto refletia sobre esta frase, que ela considerava boa, afinal, olhava o cursor piscando na tela.
Há dias não escrevia nada que considerasse sequer aproveitável. Seus últimos textos eram dignos de pena.
Hoje, especialmente, escrevera esta frase pensando numa escritora falecida há pouco. Nos seus belos textos, nas homenagens que recebeu, no importante papel que teve na comunidade literária da cidade. Será que um dia chegaria ao menos perto destes feitos?
O cursor ainda piscava, logo após as aspas. Teclou enter. Uma nova linha. O salvamento automático. E ela voltou a observar o cursor.
Aquele cursor que ela sonhava ver correndo pelas páginas enquanto ouvia o som das teclas sob seus dedos. Mas era tudo silêncio, exceto pelo cooler, que funcionava alucinadamente a despeito de sua pouca inspiração.
De repente, a tela se apagou. Acabou a bateria do notebook. E agora? Sua frase tão significativa estava salva mas, e se a continuação do seu primeiro sonhado romance viesse enquanto corria à procura do cabo de força para religar o computador? Seria esse o seu destino? Desperdiçar suas melhores palavras caminhando pela casa?
Lembrou-se que muitas vezes já havia perdido bons textos porque estava no banho e, assim que desligava o chuveiro, as frases escorriam como a água pelo ralo. E se sua oportunidade já tivesse passado?
Certa vez um amigo lhe disse: - você escreve bem, já pensou em escrever um romance? E aquilo ficou piscando na sua memória, maldita memória, como o cursor. Piscando sempre, sem se mover.
Não encontrava o cabo de força. Como uma pessoa sozinha numa casa pequena perde com tanta facilidade as coisas? Papel e caneta, nem pensar. Só havia, sobre a mesa, contas por pagar e uma receita médica.
Voltou a pensar na escritora. Sua conterrânea, quase vizinha, ali tão perto. Será que tinha passado pelos mesmos apertos na hora de colocar suas idéias no papel?
Não. Claro que não. Os bons escritores devem ser organizados, ao menos com papel e caneta, ou com bateria de computador. Não devem andar por aí desperdiçando palavras atrás de equipamentos eletrônicos.
Encontrou o cabo e tornou a ligar o notebook, e rapidamente recuperou o texto. Texto? Aquela frase: “a folha blá blá blá...”. E o cursor, sempre piscando. Certamente não seria hoje o dia em que começaria o texto que marcaria sua existência.
Queria escrever ao menos uma homenagem, uma declaração singela para dizer que sim, que se importava. Guardava, afinal, admiração em seu silêncio. Queria seguir os passos da escritora. Mas como?
De repente, percebeu que a página em branco falava por si. Sua autobiografia. Sem lágrimas. Havia muito a aprender.
- Cássia Message - 

sábado, 9 de abril de 2011

Capítulos da Josi - Respeito

Deveria começar me apresentando, há tanto tempo não escrevo que acredito que uma série de seguidores do blog não me conhece, outros, me esqueceram.
Bueno, tudo tem uma explicação e a ausência se justifica pela turbulência que passei desde dezembro de 2010.
Aprovada no concurso da Universidade Federal do Pampa, juntei o termo do mate e o poncho e me toquei pra Bagé (outros lugares diriam: “de mala e cuia”) e entre adaptação e busca de um apartamento, ainda fui trabalhar uns dias em Santana do Livramento, cidade que abriga um dos 10 campi da UNIPAMPA espalhados pela região da campanha.
Agora, fui me cadastrar para receber as novidades do blog pelo e-mail e li o texto da Rosalva “Aonde fomos parar?” (03/03/2011), comentei e me inspirei a falar sobre esse tema que tanto defendo.
Recentemente encaminhei minha monografia jurídica de pós-graduação à orientadora, para fazermos os últimos ajustes. Chama-se “A Lei da Palmada e sua contribuição para o descrédito da justiça penal”.
Escrevi 50 folhas lamentado que o Estado interfira na educação de crianças e jovens já amplamente amparados por suas faltas de limites.
Sustentei e mantenho a clara distinção entre maus tratos e correção pedagógica. Não concordo com abusos de poder ou excesso corretivos sobre as crianças.
Apenas sou contra os defensores que alegam que os pais que educam causam traumas aos filhos. A meu sentir, traumas causarão as gerações, que desconhecem respeito, a todo resto da sociedade.
Antigamente os “mal-educados’ eram os marginais, as pessoas menos favorecidas, aqueles que não tinham uma boa formação ou a família não mantinha bons hábitos adquiridos com convívio social adequado. Hoje a falta de respeito e educação também anda de carro e veste Lacoste.
Há muito se foi o tempo em que víamos só pelo noticiário jovens de classe média/alta por fogo em pessoas desprivilegiadas economicamente e atacar mulheres trabalhadoras por confundirem com prostitutas (como se isso absolvesse da agressão).
Já está a nossa frente senhores e senhoras matando desenfreadamente no trânsito, jogando lixo por onde passam e expondo-se em um apelo promíscuo. Que abandonam os seus filhos pagando-lhes o que entendem suficiente para compensar a ausência.
Estão à nossa volta, sabemos os seus nomes e os títulos que têm.
Rosalva, no seu texto, cita outra situação de desrespeito, dessa vez protagonizado por adolescentes. Pessoas que provavelmente não tiveram limites em casa e que continuarão seu processo educativo com professores que também tem suas fragilidades e que também vivem numa sociedade cujo respeito ao próximo e ao ambiente é perfeitamente desprezível.
Acostumamo-nos a justificar a falta de educação como ausência de oportunidade, desnivelamento social e inexistência de acesso a cultura e educação de qualidade. Hoje, a grande preocupação é que não há mais justificativa para os absurdos que presenciamos, simplesmente porque não é exceção e sim generalidade.
Fiquei surpreendida com a manifestação de um amigo, médico, que disse: “eu saí da faculdade um ser humano pior do que entrei. Quando entrei, era um jovem que estudava muito, igual a todos no cursinho, saí um doutor privilegiado, doutrinado pra manter a condição de superioridade sobre todos aqueles que não tiveram o estudo ‘público’ que eu tive”.
É nossa responsabilidade!
Nós que temos carro, devemos obedecer as regras de trânsito; nós que temos família, educar bem nossos filhos; nós que fazemos parte do reduzido número que tem acesso a internet, nos informarmos para passarmos adiante condutas de bem; nós que temos estudo, sermos efetivamente educados.

-Josiane Borges-

sábado, 2 de abril de 2011

Baú da Borges


Com o objetivo de dar ainda mais vida à nossa cidade que está recebendo o projeto das tintas Coral “Tudo de Cor para Santo Antônio”, um grupo de amigas e patrulhenses idealizou o projeto ‘batizado’ de “Baú da Borges”.

A proposta é oportunizar o crescimento cultural e social da comunidade patrulhense, bem como a valorização e integração de todos com o patrimônio histórico, por meio de manifestações culturais e sociais, contando com o envolvimento da comunidade e a participação de instituições, empresas locais e colaboradores voluntários.

A idéia é interromper uma das vias da Av. Borges de Medeiros para que a população possa desfrutar do nosso "Centro Histórico"! Traga sua cadeirinha, chimarrão, a criançada para andar de bicicleta, seu violão... teremos brique e manifestações culturais!!! Tudo de BOM!!

Fonte:  Grupo Baú da Borges - Melânia Emerim


Pérolas do Rico

OLHOS DE QUEM VÊ

Dia desses fui passear com a minha esposa. Chegando no destino o guia que vendia os passeios, com propriedade, alertou : certamente alguém já disse para vocês que o passeio tal é bom, o outro não é bonito, etc... Cada um tem a sua visão de algum lugar. Depende dos olhos de quem vê. Pode, certo lugar, ser bonito para uns e para outros não e assim de modo contrário.
Realmente, as nossas impressões foram diferentes das que haviam nos passado. Cada um enxerga de seu jeito.
Em breve estaremos contemplando um projeto muito interessante em nossa cidade : “Tudo de cor para SAP”,   onde a nossa Borges, antiga Rua do Vinagre, passará por um mutirão de pintura, dando um colorido todo especial à nossa bela avenida.
Mas, com certeza, surgirão muitas opiniões sobre a beleza do casario. No entanto, acho que temos que respeitar o colorido aplicado, pois será mais bonito para uns e menos bonito para outros, pois sempre dependerá dos “olhos de quem vê”.
O mais importante é que estejamos abertos e dispostos a olhar com carinho e pedir à Liz que o seu olhar violeta nos inspire a enxergar mais belo o nosso tão querido cartão-postal.
Joelson Machado de Oliveira