domingo, 24 de abril de 2011

O "Case" do Nacional - por Silvano Marques

Nossa cidade tem alguns supermercados e o mais polêmico entre eles é o Supermercado Nacional. Levante a mão aí quem nunca brigou no Nacional. Quem nunca se queixou ao gerente acerca da fila nos caixas. Pois é, isso faz parte do cotidiano do povo de Santo Antônio da Patrulha.
É importante que exista o Nacional. A concorrência é saudável e é bom ter mais de uma opção de consumo na cidade. Em que pese eu adore comprar no Supermercado Gomes e em outros menores, é importante que exista o Nacional. Até porque, tem coisas que só ali a gente encontra. Suco de Caju? Só no Nacional. Zero Hora? Só no Nacional.
Mas a crise persiste. De um tempo para cá, os caras vêm trocando gerentes, funcionários, reformaram a fachada da loja, mas a crise persiste. Sempre que se vai lá, dá briga!
Parei para observar algumas coisas. A localização da loja é invejável, na confluência da RS-030 com a João Pedroso da Luz. Na beira de uma estrada estadual, pegando eventualmente clientes de fora da cidade. Os produtos oferecidos são bons, eles têm uma boa variedade de mantimentos, bebidas, artigos de limpeza, coisas diferentes, tipos exóticos de arroz, temperos novos.  Os funcionários que atendem dentro da loja são educados, aparentemente eficientes, prestativos, fazem a coisa funcionar. Aí quando chega a hora de pagar...está feita a confusão! Então perceba a loucura disso. Você tem uma bela loja, bem localizada, bons funcionários, um bom estoque, casa cheia de clientes, os carrinhos de compras estão cheios, e aí, na hora de você enfim GANHAR DINHEIRO, na hora de você receber o pagamento...a briga está feita! Vem confusão, xingamento, queixas e mais queixas. Dá para entender?
Outra coisa a observar. Já visitei e eventualmente freqüento outras lojas do Nacional aqui pelo litoral norte gaúcho. Já fui em Osório, Tramandaí, Imbé. Todas as lojas são igualmente boas, bem abastecidas, essa do Imbé é novinha e parece um mini-shopping. E em todas elas a gente consegue passar pelo caixa sem stress, sem confusão. A gente faz as compras, paga e vai embora feliz. Todas menos a loja aqui de Santo Antônio.
O que está acontecendo? Este seria um “case” interessante para estudantes de administração, ou economia, ou publicitários, sei lá. Que estranho mistério é este aqui do Nacional de Santo Antônio da Patrulha? Por que é tão difícil transpor os caixas?
Vão alegar que o “povinho” daqui é que é problemático? Então como é que esse “povinho” faz as compras normalmente em outros mercados?
Bom, uns meses atrás tinha jurado que nunca mais voltaria ao Nacional. Fiquei um tempão sem ir lá e ai me disseram que tinham reformado a loja, estava diferente. Voltei lá. Briguei com o gerente às 9:00h da manhã e minha mulher, sem ter falado comigo, brigou no mesmo dia às 11:00h da manhã. Juramos de novo não mais voltar lá. Pelo menos por enquanto.

Um comentário:

  1. "Case" sim! E se forem bem espertos, aproveitarão as críticas construtivas para recomporem os seus processos internos. Mas é preciso qualificar os colaboradores, ouvir o cliente e, especialmente entendê-lo. Eu, particularmente, sempre tenho problemas por lá. Abs,

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