Um brinde e obrigada a todos que escreveram, leram, opinaram, criticaram e curtiram o Insônias, e que a internet possa estreitar cada vez mais os laços das grandes amizades que construímos neste blog.
Feliz 2011 para nós!
Está aberta a temporada de pânico urbano. Todos querem adiantar-se nas compras, por isso o Natal começa cada vez mais cedo, mas parece que não adianta, até o último dia a correria e o tumulto persistem.
Independente do valor que virá na fatura do cartão de crédito, não tem como deixar pensar nas pessoas que não celebram o Natal por falta de condições financeiras.
O simbolismo desta data não põe comida na mesa, infelizmente, e só pensar e comover-se também não.
É possível que cada um faça um pouco. Eu pego, todos os anos, a cartinha ao Papai Noel. Aqui em Santa Maria o pessoal dos correios recebe e separa por pedido. É só escolher o que quer dar, pegar uma cartinha, comprar o pedido e deixar no correio que eles entregam. Sempre deixo um recadinho esperançoso e assino Papai e Mamãe Noel e juro, a gente realmente se sente importante. Façam e comprovem.
A minha família costuma reunir-se nos Natais. Cada um leva algum alimento que juntamos e damos a uma família carente. A família não é grande (26 ao todo), mas contribuímos com mais de um alimento e acaba em um monte de coisas que acredito, fazem a diferença no final de ano da família que recebe.
O importante não é fazer muito, mas fazer o melhor que podemos.
E assim são os Natais na minha casa, sem o glamour de enfeites enormes, presentes muito caros e ricos banquetes (mas pela quantidade é possível comer durante 3 dias), entretanto é visível que cada um oferece o que tem de melhor e por isso é, sem dúvidas, muito especial.
Eu sou a responsável por pegar o presente debaixo da árvore e chamar o presenteado. Pra mim, é impagável a felicidade da minha afilhada Bibiana com um monte de cacarecos que somam 10 pacotes debaixo da árvore, as vezes eu a chamo e antes que ela termine de abrir, propositalmente, chamo de novo, ela fica enlouquecida porque tem que parar no meio pra receber o outro. Ela já ta ficando grande, mas os “guris” do Dudu já estão nos planos pra continuar a saga e depois os primos e manos que virão.
Não há dinheiro no mundo que recompense a cara de satisfação do Tio Joelson elogiando um prato bem feito, o Tio João orgulhoso da cerveja no ponto ou o pai que passa a tarde sentado nos vendo arrumar a casa fazendo oportunos comentários que nos fazem chorar de rir. Não dá pra esquecer a disputa pelo melhor presente do amigo secreto e a Vó, como uma verdadeira matriarca, entregando os presentes de um a um.
É certo que as festas não são iguais todos os anos, faltam alguns, chegam novos, mas o amor e o carinho que temos uns aos outros é o mesmo e verdadeiro. É a fonte que nos rejuvenesce ano após ano, pra agradecer o passado (independente do que ele nos tenha aprontado), viver o presente e principalmente, botar fé no futuro.
As ausências físicas (momentânea ou não) não são ignoradas, mas tem uma leva que chegou a pouco e merece o melhor Natal do mundo e nós, mesmo moídos de saudosismo, temos o dever de proporcionar-lhes isso.
Lamento informar aos que desconhecem que, embora todo mundo (pobre, rico, mais ou menos) faça do Natal um momento de renovação de esperança, o mundo continua no mesmo ritmo e não será a nossa comoção ou a ajuda que mudará em uma noite.
Então, oferecemos o que temos de melhor aos nossos e a quem possa receber por osmose a nossa felicidade.
Vamos desligar o canal do politicamente correto e vamos adquirir forças para realmente fazer a diferença em 2011.
Sim, porque se recompor e consertar o mundo são coisas de ano novo!!!
Feliz Natal a todos e muita saúde, paz e força no próximo ano.
Um novo perfume está no ar
Notável notícia nos trazem os veículos de comunicação : o novo censo do IBGE. Nesta conceituada pesquisa, descobriram que o Rio Grande está mais feminino, ou seja, existem mais prendas do que peões.
Isso é muito bom, principalmente num estado que sempre foi considerado machista : o produto quanto mais raro, mais valorizado fica.
As prendas, por longos anos, foram consideradas em menor número e até menos valorizadas.
Esse tempo acabou, o avanço das mulheres, em todos os campos, demonstra que as prendas estão nos desbancando em muitos postos, mas não importa, existem inços que fazem bem para a terra e, encher o nosso Rio Grande de gauchinhas só nos dá orgulho e satisfação.
Certamente, o novo Rio Grande vai ser mais alegre, mais terno, mais leve, não tão carrancudo como até então, pois os próprios peões ficarão felizes com as prendas esvoaçando as tranças minuano a fora. E o cheiro forte dos couros, das rédeas, do suor dos pingos se misturará com o novo perfume que está no ar.
Que vinguem todas neste torrão !
- Joelson Machado de Oliveira -