sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Capítulos da Josi - Feliz Natal!

Está aberta a temporada de pânico urbano. Todos querem adiantar-se nas compras, por isso o Natal começa cada vez mais cedo, mas parece que não adianta, até o último dia a correria e o tumulto persistem.

Independente do valor que virá na fatura do cartão de crédito, não tem como deixar pensar nas pessoas que não celebram o Natal por falta de condições financeiras.

O simbolismo desta data não põe comida na mesa, infelizmente, e só pensar e comover-se também não.

É possível que cada um faça um pouco. Eu pego, todos os anos, a cartinha ao Papai Noel. Aqui em Santa Maria o pessoal dos correios recebe e separa por pedido. É só escolher o que quer dar, pegar uma cartinha, comprar o pedido e deixar no correio que eles entregam. Sempre deixo um recadinho esperançoso e assino Papai e Mamãe Noel e juro, a gente realmente se sente importante. Façam e comprovem.

A minha família costuma reunir-se nos Natais. Cada um leva algum alimento que juntamos e damos a uma família carente. A família não é grande (26 ao todo), mas contribuímos com mais de um alimento e acaba em um monte de coisas que acredito, fazem a diferença no final de ano da família que recebe.

O importante não é fazer muito, mas fazer o melhor que podemos.

E assim são os Natais na minha casa, sem o glamour de enfeites enormes, presentes muito caros e ricos banquetes (mas pela quantidade é possível comer durante 3 dias), entretanto é visível que cada um oferece o que tem de melhor e por isso é, sem dúvidas, muito especial.

Eu sou a responsável por pegar o presente debaixo da árvore e chamar o presenteado. Pra mim, é impagável a felicidade da minha afilhada Bibiana com um monte de cacarecos que somam 10 pacotes debaixo da árvore, as vezes eu a chamo e antes que ela termine de abrir, propositalmente, chamo de novo, ela fica enlouquecida porque tem que parar no meio pra receber o outro. Ela já ta ficando grande, mas os “guris” do Dudu já estão nos planos pra continuar a saga e depois os primos e manos que virão.

Não há dinheiro no mundo que recompense a cara de satisfação do Tio Joelson elogiando um prato bem feito, o Tio João orgulhoso da cerveja no ponto ou o pai que passa a tarde sentado nos vendo arrumar a casa fazendo oportunos comentários que nos fazem chorar de rir. Não dá pra esquecer a disputa pelo melhor presente do amigo secreto e a Vó, como uma verdadeira matriarca, entregando os presentes de um a um.

É certo que as festas não são iguais todos os anos, faltam alguns, chegam novos, mas o amor e o carinho que temos uns aos outros é o mesmo e verdadeiro. É a fonte que nos rejuvenesce ano após ano, pra agradecer o passado (independente do que ele nos tenha aprontado), viver o presente e principalmente, botar fé no futuro.

As ausências físicas (momentânea ou não) não são ignoradas, mas tem uma leva que chegou a pouco e merece o melhor Natal do mundo e nós, mesmo moídos de saudosismo, temos o dever de proporcionar-lhes isso.

Lamento informar aos que desconhecem que, embora todo mundo (pobre, rico, mais ou menos) faça do Natal um momento de renovação de esperança, o mundo continua no mesmo ritmo e não será a nossa comoção ou a ajuda que mudará em uma noite.

Então, oferecemos o que temos de melhor aos nossos e a quem possa receber por osmose a nossa felicidade.

Vamos desligar o canal do politicamente correto e vamos adquirir forças para realmente fazer a diferença em 2011.

Sim, porque se recompor e consertar o mundo são coisas de ano novo!!!

Feliz Natal a todos e muita saúde, paz e força no próximo ano.

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