Sinais ...
(por Rosalva Rocha – 17/08/2011)
(por Rosalva Rocha – 17/08/2011)
Desde criança sempre gostei de misticismos e algumas superstições (mesmo sabendo que muitas delas são contrárias à realidade). Não passava embaixo de escada, não deixava bolsa no chão, costumava fazer o sinal da cruz quando passava em frente à uma igreja, enxergava um homem plantando um pé de alface dentro da lua cheia (este eu vejo até hoje) e mais algumas coisas. O tempo foi passando e, com a correria da vida e os atropelos que ela nos impõe, muitas superstições foram deixadas de lado.
Como não passar embaixo de uma escada em uma calçada estreita de Pinheiros (SP), quando inúmeros carros passam na rua? Como não deixar a bolsa no chão em visita em algum apartamento ou casa onde não há outro lugar para ela? Como lembrar-me do sinal da cruz em frente à uma igreja se as vezes o pensamento está tão longe?
Mas acredito em “sinais” – eles existem! Não sou e nunca fui adepta às teorias do Paulo Coelho (diga-se de passagem não gosto do que ele prega), mas no caso dos sinais concordo plenamente.
Depois de 15 dias longe da minha casa, ontem cheguei cheia de saudade, justamente no dia do nascimento da minha primeira sobrinha-neta. Entrei e os meus olhos foram puxados para um vaso de cactus que está em frente à janela da sala. Incrível! O cactus estava coberto de flôres. Só lembro dele ter florido uma só vez há anos atrás, e ontem recepcionou-me dessa forma, enchendo o meu coração de alegria.
Algumas horas depois eu soube do nascimento da Maria Clara, uma menina linda e saudável. Um sinal de que alguma coisa muito boa entraria para a minha vida a partir daquele momento. Na minha cabeça que as vezes até pode ser considerada insana, um sinal de que ela será muito feliz. Afinal, flôres são flôres.
E por que cultivo cactus? por algumas razões: eles são fortes, precisam de muito pouco viverem (a exemplo de água), enfeitam os desertos verdadeiros e muitas vezes os desertos humanos que porventura aconteçam em determinadas épocas.
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