CAPITULO I (Joelson)
Era um fim de tarde frio e ventoso. O vento açoitava as árvores da rua. Os transeuntes andavam agachados contra o vento, enquanto outros se abrigavam na revessa dos prédios. O barulho dos carros enchia a boca da noite.
Joana tinha tido um dia pesado. Discutira com o chefe, passou o dia com dor de cabeça. Estava ansiosa para chegar em casa.
Chegou no ponto do ônibus. Esperaria o Queluz que a conduziria para casa. Mais pessoas esperavam as suas conduções.
A noite já descia sobre a cidade. As luzes iam acendendo de canto em canto. Os néons coloriam o correr da avenida. O trânsito muito lento. Quase parado.
Passavam ônibus para todos os bairros, menos o seu. O estômago lhe roia. Tinha almoçado muito pouco. Estava incomodada, sem vontade de comer.
Veio um lotação para Queluz. Joana fez sinal. O micro-ônibus parou e ela subiu. Tinha um lugar ao fundo.
Logo em seguida, um senhor gordo que era sua companhia no banco, levantou e desceu. Joana passou para o lado da janela. Ia apreciando a rua: seu movimento, seu colorido. Ainda tinha muita gente andando pelas calçadas.
O lotação, além de ir parando devido ao trânsito afogado, também ia parando de ponto em ponto para uns descerem, outros subirem.
Quando chegou ao bairro o trânsito fluía mais rápido. Logo em seguida desceu no seu ponto. Estava próxima de sua casa. Caminhou pela calçada. Fechou o casaco, levantou a gola. O vento era gelado.
Quando entrou no seu edifício, o zelador estava na portaria. Levantou-se e abriu a porta do elevador.
- Boa noite seu Alcides, falou Joana. - Boa noite, como foi de trabalho ? - Muito pesado. - Estou louca para chegar em casa.
Quando colocou a chave na porta, Makeba, a sua Collin preta já latiu lá dentro. A cachorra veio ao seu encontro, fazendo festa para Joana.
- Oi filha, falou a mãe de Joana. - Como foi o dia ? - Ah! Péssimo mãe. Me incomodei com o chefe, só tive problemas. Estou morta de dor de cabeça e louca de fome. Quase não comi no almoço.
- Fiz lentilha com linguicinha e batata como você gosta. - Ah! Vou devorar.
- Marina te ligou a pouco, falou a mãe. - Estou sem bateria no celular e me esqueci do carregador no serviço. - Depois eu ligo para ela.
Atirou-se no sofá. - Mak vem cá. A cachorra se encostou no sofá e recebeu um agrado no pelo negro e lustroso.
(logo o segundo capítulo da novela em bate-bola, por Joelson Machado de Oliveira e Josiane Souza Borges)
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